sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

COMO LINGUAGEM ESTÁ CONECTADA COM GÊNERO moderado por Phil Bartle traduzido por Beatríz Trapp

Há muitos lugares onde gênero e linguagem se relacionam na sociologia. .
Quando sociólogos estudam o processo de socialização, eles não somente examinam como o organismo biológico, o indivíduo humano, se torna humano (um processo de aprendizado) mas também como a sociedade e cultura se reproduzem quando os portadores humanos biológicos morrem.
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A hipótese Sapir-Whorf sugere que, enquanto aprendemos uma linguagem, nosso senso de realidade toma forma.  Portanto nossas atitudes do que é masculino e feminino nos são ensinadas principalmente pelo processo de aprender uma linguagem
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Linguagem então permaneve como parte da cultura muito depois que seu primeiro falante morre, e suas mudanças freqüentemente se atrasam até muito depois que outras mudanças sociais.
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A palavra "gênero" (que é a diferença social entre masculino e feminino) é emprestada da gramática, e é diferente de "sexo" (que é a diferença biológica entre macho e fêmea).
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Nossa cultura tem um forte preconceito que estes são opostos polares e que somente há duas categorias.
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Biologicamente, isto não é verdade.
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Nós temos pessoas que tem um cromossomo X ou Y extra, e não podem ser classificadas nem como homens nem como mulheres.
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Nossas variações em genitália são surpreendentemente mínimas (quando escrutinadas cuidadosamente), e mesmo nossas variações em características sexuais secundárias são menores comparadas com resto dos 99 porcento da nossa constituição física que é a mesma para homens e mulheres.
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Usando drogas específicas, podemos induzir características secundárias em indivíduos, dando a eles as características alternativas.
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Nossa linguagem, em contrastes, é feita para ver estas diferenças menores, masculino e feminino, como opostos polares, e categorizar pessoas para que se não estão em um, estejam no outro.
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Observação cuidadosa de como falamos indica que homens e mulheres usam sistemas de tons levemente diferentes.
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Tom é usad em algumas linguagem (chinês e akan) para variar o vocabulário.
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Em inglês, é usado para dar nuance à estrutura formal de nossas frases.
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Homens estão mais predispostos a usar três tons enquanto mulheres usam cinco tons em sua fala cotidiana.
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Esta é uma diferença aprendida, e pessoas que percebem tons e que aprendem e praticam a linguagem podem aprender a falar com o sistema de tons alternativos.
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Inglês, diferente de muitas outras línguas, tem duas palavras, ele (he) ou ela (she), mas nenhuma palavra que signifique qualquer um.
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Esta é uma variável cultural.
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Minha segunda língua, Akan Twi, tem uma palavra “no” que significa tanto ele como ela.
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Em inglês não podemos usar a palavra “it” (isto), porque é para não humanos.
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Em inglês eu prefiro usar "s/he" (ele/ela) para superar quando o gênero é desconhecido ou indeterminado.
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Amharic, a língua principal da Etiópioa, tem uma forma feminina (anchi) e uma masculina (anti) de "você."
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Tailandês (Siamês) tem duas formas de "obrigado," dependendo se a pessoa falando é homem (kop-kun-krap) ou mulher (kop-kun-kaa).
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Além disso, podemos identificar muitos elementos de nossa língua que identificam características femininas como se segundo calão, inferior e subserviente.
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Os preconceitos de gênero que aprendemos desde quando aprendemos nossa primeira língua é geralmente inconsciente, mas baseados naqueles modos de falar.
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Há agora tentativas conscientes de remover preconceitos de gênero de nossas práticas de linguagem.
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Furacões costumavam ser dados todos nomes femininos, mas agora são masculinos ou femininos (mas navios continuam sendo femininos).
. Exames cuidadosos do uso da linguagem, entretanto, indicam que ainda temos um longo caminho a trilhar.